Um problema que eu vejo nas abordagens históricas ao fundamentalismo, as quais, provavelmente acertadamente, mas ainda se é preciso aprofundar essa narrativa, circunscrevem o fenômeno ao movimento histórico evangélico dos EUA do início do século XX (The Fundamentals) é que o tratam isoladamente, quando, a meu ver, ele deve necessariamente ser tratado ao lado de dois outros movimentos, dessa vez, europeus: o Vaticano I e a neo-ortodoxia, como reação ao liberalismo teológico. O movimento fundamentalista estadunidense, o concílio católico romano e a neo-ortodoxia barthiana são emergências de um mesmo movimento de reação cristã. Isolar o fundamentalismo não é heuristicamente conveniente.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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