Há um valor do qual não se pode abrir mão. Muitas coisas se podem perder, sem se perder o caráter. Mas a fidelidade, não. Não falo apenas da relação conjugal - nem era nela que eu pensava aqui, diretamente, conquanto ela esteja aí incluída -, falo das relações humanas. Em épocas de discursos adocicados sobre ética (há algo mais banalizado do que esse termo hoje?), o que de mais difícil há é em quem se possa confiar para, diante dele, abrir a guarda, o coração. Há o medo da punhalada, o medo da traição, o medo das dissimulações sociais, das cenas: na sua frente, amizade, nas costas, ácido sulfúrico...
Se você é amigo de alguém, seja amigo. Seja confiável. Seja aquela pedra de amolar facas - dura e confiável.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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