sábado, 17 de janeiro de 2015

(2015/109) De novo Charlie Hebdo - um teoria de conspiração


Não consigo dar conta. É informação demais. O enredo de texto me parece redondinho demais. O tom me parece artificial. Há momentos em que me deu vontade de parar de ler, e momentos em que tive ímpetos de aderir - mas não se pode ler com o fígado...

O final é interessante. E eu fiquei pensando...

Não há nenhum referência no texto ao Charlie Hebdo. Quando foi escrito, não era notícia. Fala-se - e muito - do comediante da quenelle (Dieudonne M'bala M'bala) - com uma versão da história que eu simplesmente desconhecia. Fala-se de um filósofo francês (Alain Soral) do qual eu também cuido não ter houvido falar. E fala do esgarçamento total da sociedade francesa - elite plutocrática de um lado, e seus tentáculos, e periferia de outro. Com um detalhe - a periferia é cada vez mais negra e islâmica. Fala mais: 68, a grande e recente revolução, foi produzida pela casa Rotschild e pela CIA, para depôr um nacionalista e pôr no poder um menino de recados da casa de banqueiros. É o que o texto informa. E diz mais: a França vai explodir em alguma forma de revolução ou guerra civil, com a população cada vez mais misturada - cristãos e islâmicos. O resumo: a presença de comunidades islâmicas bastante bem adaptadas à vida nacional francesa (eles se identificam com a Marselhesa!) promoverá uma ruptura violenta entre a base social francesa e a elite, trazendo a tona a ruptura de fato que já há.

Eis o texto.

The Saker, Blog The Vineyard of the Saker

DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013
(Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu)

É longo. Mas vale a pena ler e lutar contra os instintos. Há horas que o próprio texto parece ficcional. Mas eu fiquei pensando: se ele tiver razão, o que pode significar Charlie Hebdo e aquela cena constrangedora de dezenas de líderes europeus e de outras partes interessadas do mundo abraçados, como uma única coluna de lagartas, aproveitando-se do "evento"? Tomar uma revista que já destilava algum ódio aos islâmicos e fazer dela uma espécie de mártir da luta contra o mal - 5 milhões de exemplares, cinco milhões! - não seria um interessante modo de cortar a união das massas da periferia, cristãos e islâmicos que se começavam a naturalmente unir contra as elites? Charlie Hebdo não pode ser uma grande farsa para impedir ou protelar o que o artigo de 2013 anunciava como favas contadas?

Não sei.

Mas uma coisa sei: o que "eu vejo na TV o que eles falam s(...) não é sério"...








OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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