Há dois tipos de crítica.
Pensemos uma roseira.
Uma da formas de crítica observa a flor, se ela está bonita, saudável, se tem ferrugem, se há lagartas... Olha o estado das folhas, se estão verdes, queimadas ou comidas. Do caule, se está hígido, se a seiva aparece ao menor assobio. Olha-se de perto, de longe, sente-se o perfume, experimenta-se a agudeza do espinho...
A outra forma de crítica é totalmente diferente: ela olha a coisa toda e exclama, estupefata: mas, meus sais, isso não é a porcaria de uma roseira!, e uma coroa-de-cristo...
A crítica que eu faço é desse segundo tipo. Não estou analisando os detalhes da religião: quero analisá-la como um todo. E, cá entre nós, ela não é o que o religioso diz que é.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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