sábado, 17 de maio de 2014

(2014/457) Sobre a formação de professores do Ensino Religioso Público


O Ensino Religioso Público brasileiro dá-se de modo tão ruim, mas tão ruim, chegam-nos levas e levas de candidatos a professores tão horrorosamente motivados, que os mais lúcidos dentre os professores de professores cuidam que se pode descer algum nível de crítica na formação docente...

Não, não pode.

Professor de professor tende a gastar tempo fazendo o candidato a professor gostar da disciplina: transforma-se em mentor psicológico e apologista da coisa.

Há o risco grosseiro da infantilização pedagógica e o risco ainda mais grosseiro de mistificação da religião.

Se o professor de professor de Ensino Religioso não desnudar os candidatos a professores e virar do avesso as próprias religiões, exprimindo-se de forma maximamente crítica, tenha de si a ideia acadêmica que tiver, trabalha para as religiões, e não para a Educação.

Ainda que às expensas do erário público.







OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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