terça-feira, 15 de abril de 2014

(2014/181) Deixe o pecado por último...


Está bem, você quer mesmo manter o jogo cristão.

Permita-me, então, dar uma sugestão?

Uma só...

Inverta a ordem do discurso.

Em lugar de falar do pecado e, depois, da graça, da misericórdia, da compaixão, inverta - fale primeiro da compaixão, da graça, da misericórdia. Depois, bem depois, bem no final, fale do pecado: "aqui, escuta, posso lhe pedir uma coisa? Peca mais não, tá?"...

Quando você começa pelo pecado, é medo que você quer criar, pavor, terror, horror - a tal ponto de a criatura agarrar-se a seus pés, atrás de socorro e refúgio, que, esperto que só, você já dá - uma cama no alçapão da fé...

Mas, quando você começa com misericórdia, compaixão, graça, amor, acolhimento, cuidado, afeto, então você gera apenas segurança, tranquilidade, conforto... E, se depois disso, você ainda tiver comichões neuróticos de falar de pecado, fale, fale baixinho, tranquilo, a um canto, apenas para livrar-se de sua pulsão de sacerdote...








OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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