E o cristão "iluminado", não-fundamentalista, plural, ele diz, transformado, pós-colonial, ele insiste, olhem os olhos dele - estão marejados de amor ao mundo. Ouça as suas palavras: Ah, Deus é uma brisa suave em todo ser vivo, em todas as pessoas... Deus está em todos, em tudo, Deus não tem donos, grife, letreiro...
Ah, os crentes de mesmo tipo chegam a chorar. Para eles, é chegado o dia esperado, em que o Cristianismo (sim, no singular, sempre!) há de abrir-se compassivamente à humanidade, vai deixar de os considerar hereges, pagãos, e recebê-los, todos, com suas asas acolhedoras, chora um agora, suas mãos amorosas, chora outro, seu coração divino, choram todos...
Sou apenas eu, esse coração de pedra para as cenas superficiais e falso-críticas, que vê nesse discurso a manutenção de todo o mesmo padrão de pensamento cristão fundamentalista? Sou apenas eu, esse cão teimoso, que não se verga à emocionalidade superficial das palavras fáceis, que o sujeito ainda está se ponde, a si e à sua fé, na casa de cada criatura do planeta, como se o conteúdo da fé dele fosse o que está destinado à todos os homens e mulheres do mundo? Sou apenas eu que vê nesse sujeito um tipo de doente ainda pior do que o fundamentalista, porque esse se acha são e sadio e saudável - e é um zumbi das ideias mortas?
A mim, suas palavras não encantam, Simão...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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