Não, não gosto dos autores que cavam até meio metro e tentam, aí, as respostas e as soluções de superfície. Definitivamente, gosto dos autores que cavam mais fundo, até aquela região onde há pouquíssimas raízes de árvores. Os que fazem sucesso são, todavia, os primeiros - e eles se reproduzem como moscas, eles e suas citações intermináveis, nas literatura do dia a dia...
(...)
Há autores que escrevem de snorkel. Outros, de escafandro.
Os não-materialistas têm o traseiro a flutuar no espelho d'água.
(...)
É-se capaz de escrever, escrever, escrever, e não dizer nada. 1. Conceitos vazios, flutuando no ar, conceitos remontando a conceitos, num círculo viciosos eterno - nunca há chão na fala do sujeito. 2. Palavras e vocábulos extraídos do cancioneiro literário da moda - se você interromper a fala do sujeito e pedir explicação, não vai conseguir. 3. Encantamento - o sujeito está encantado: não está curioso.
Puro espetáculo de termos e sons.
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Há autores que escrevem de snorkel. Outros, de escafandro.
Os não-materialistas têm o traseiro a flutuar no espelho d'água.
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É-se capaz de escrever, escrever, escrever, e não dizer nada. 1. Conceitos vazios, flutuando no ar, conceitos remontando a conceitos, num círculo viciosos eterno - nunca há chão na fala do sujeito. 2. Palavras e vocábulos extraídos do cancioneiro literário da moda - se você interromper a fala do sujeito e pedir explicação, não vai conseguir. 3. Encantamento - o sujeito está encantado: não está curioso.
Puro espetáculo de termos e sons.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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