domingo, 27 de outubro de 2013

(2013/1256) Estado, política, Corporações, capitalistas... e você


Os Estados Nacionais surgiram como substitutos às monarquias e à cristandade - ainda que muitas monarquias e mesmo Deus tenham encontrado um lugar seguro nos Estados Nacionais. Mas, convenhamos, tiveram de se adaptar, como a rainha da Inglaterra, que manda tanto na Inglaterra quanto eu aqui em casa...

Os capitalistas souberam utilizar-se do Estado para criar seu ecossistema.

Todavia, como os aristocratas (Nietzsche, seu campeão) sabiam e disseram, o Estado despertaria o monstro popular, a verdadeira besta adormecida.

Tanto que a besta adormecida, na forma do comunismo histórico, soube apoderar-se do Estado em seu projeto político, emprestando razão ao temor aristocrático - na hipótese e condição de tomarmos o Estado comunista como, de fato, um Estado popular (no que eu tenho severas dúvidas).

Seja como for, na Europa, o Estado logo assumiu o lugar daquela instância que garantiria o bem-estar do povo. Lá, às custas dos outros povos: a época do colonialismo europeu não é senão a época do Estado de bem-estar social, financiado pela sangria dos povos coloniais.

Terminada (?) a era colonial, a Europa entra em colapso a cada dia, tendo que tirar seu bem-estar de si mesma e não mais dos outros povos.

Cá nos trópicos, demorou toda uma era colonial para que o próprio povo quisesse bem-estar. Seja como for, as ditaduras se instalaram imediatamente, adiando a nova perspectiva.

Com atraso de 40 aos, volta-se a desejar bem-estar - não por acaso após dois governos populares, nem comunistas, nem capitalistas, mas um amálgama de uma coisa e de outra, capitalismo com distribuição de renda e vocação pelos pobres, vá lá...

O Estado se torna persona não grata para os capitalistas. É uma relação complicada, porque os capitalistas ainda precisam do Estado, por enquanto, ao menos, mas o Estado começa a traí-los, dirigindo sua atenção também aos pobres, mais à esquerda do interesse das Corporações...

O que é que se fará, não tenham dúvida? De um lado, a demonização da política e, de outro, a demonização do Estado. A mídia, braço avançado das Corporações e porta-voz de seus interesses, há de trabalhar a consciência do povo para que tenha da política uma visão cada vez mais negativa, ao mesmo tempo que considere o Estado o antro por excelência do corrupção.

Se o povo desencantar-se da política e se o povo passar a odiar o Estado, os capitalistas e as Corporações terão ganho mais uma batalha.

Para isso, eles precisam muito, muito de sua ajuda: que você poste muitas, muitas mensagens de demonização da politica e do Estado. Quanto mais você fizer isso, mais eles serão gratos...






OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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