É assim: herdeiro da síntese entre Parmênides, Platão, Paulo e Agostinho (não importa se hoje ele é teólogo, filósofo, esteta ou ateu blasé), o sujeito acha que a vida é a experiência profunda de uma alma simples com um mundo simples.
Então, ele ouve dizer que o sujeito é a emergência de processos físico, químicos, orgânicos, elétricos e hormonais, expressando-se na forma de um corpo em relação complexa com a consciência daí emergida, interagindo com um mundo que é igualmente complexo...
Coitado. O pobre não tem estrutura psicológica para dar conta da descoberta e, uma vez que o padrão para a normalidade seria a ideia simples parmenidesiana-platônica, mas convencido de que a realidade não é daquele jeito, o sujeito simplesmente conclui que, então, tudo é ilusório...
Se não é como Platão falou, então não é...
Genial...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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