terça-feira, 3 de setembro de 2013

(2013/1012) Sobre educação religiosa


A tribo A acha seu deus o deus do céu.
Lá longe, a tribo B acha seu deus o deus do céu.
Quando se juntam, o problema vem à tona.
As duas tribos terão de matar o deu do outro.
Isso se fez até a era persa.
Ciro foi um gênio.
É a primeiro relativista político que conheço.
Não mate o deus dos conquistados.
Manipule-os com seu próprio deus.
Assim, onde Ciro chegava, com seu exército colossal, em lugar de destruir os deuses locais, dizia aos conquistados que foi o deus deles que o levou até ali, para cuidar deles.
Gênio.
Até os judeus aceitaram a tese - Is 45...
Ciro estava se lixando para a teologia em si.
Sabia apenas que os povos eram bonecos de marionete, facilmente manipuláveis por meio dos deuses...
No século XVIII, Voltaire ainda defende a estratégia de Ciro: o povo deve crer num deus que castiga - e, assim, devem viver com medo - e obedientes.
Nos últimos 2.500 anos, a Ordem é garantida pela força e pelo mito - quando o mito não é suficiente, a força resolve.
Chamamos a isso "educação religiosa".






OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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