quinta-feira, 27 de junho de 2013

(2013/639) Sobre amar a Bíblia


Gosto da Bíblia - essa biblioteca.

Acho que gosto mais do que a maioria das pessoas que conheço e que dizem que gostam.

Digo isso sem vaidade, como um fato, e por uma razão muito simples:

_ entrei na Igreja batista em 84. Tornei-me um fundamentalista. Fui para o Seminário em 87. Em 91 já era um teólogo crítico - a caminho, mas já era. Fiz minha Monografia sobre a pesquisa crítica do AT. Depois, do que eu aprendera na EBD, não ficou nada. Absolutamente nada. E amei-a profundamente, a ponto de não ter nada na vida, desde então, que eu tenha feito mais do que estudá-la. Quanto mais a desmonto, quanto mais revelam-se fábulas o que me ensinaram sobre ela, tanto mais a amo.

_ já as pessoas que eu conheço e que dizem que a amam, no fundo amam o que disseram para elas que a Bíblia é: quando descobrem, em três ou quatro semanas de aula, que a Bíblia não é nada do que aprenderam, a maioria perde a vontade de ler, não usa mais, descobre que foi traído e larga a Bíblia pra lá...

_ e, quanto aos que não largam, não largam só porque continuam repetindo, como mantra hipnótico, os mitos que aprenderam na EBD.

Não amam a Bíblia.

Amam a historinha que lhes contaram.




OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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