quinta-feira, 27 de junho de 2013

(2013/638) Do uso político do termo inspiração


No meio de uma aula sobre a teologia do mau/mal no AT - e vocês não imaginam o que é uma aula histórico-social dobre como os judeus lidavam com a doutrina do mau/mal -, um aluno intervém, considerando como plausível a hipótese de que eu desconsiderasse a inspiração da Bíblia...



(...)

2013. Ai, ai...

(...)

Eu lhe disse que não fazia a menor diferença se a Bíblia era inspirada ou não. A questão é irrelevante. Estamos, eu dizia, estudando o texto, lendo seu conteúdo e compreendendo como os judeus que a escreveram pensavam.

Continuei: se a inspiração é um argumento que você usa para parar de ler o texto, ou fazer ele dizer uma coisa que ele não diz, então não me interessa o que você pensa sobre inspiração.

Para mim, você pode usar o conceito, mas direi que você não é sério se, usando o termo inspiração, fizer o texto dizer o que ele não diz.

E concluí: agora, se o que interessa é o que o texto diz, não importa se é inspirado ou não, interessa é que você o entenda...

(...)

É batata. Em todas as aulas de AT, basta você dar quatro informações históricas e o tema "inspiração" vem à tona...

E dizem que a Igreja é "espaço terapêutico"...




OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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