sábado, 23 de março de 2013

(2013/320) As provas nota 1000 do ENEM com erros grosseiros


Tudo bem que "tirar sarro" do Poder é sempre um direito e um prazer. Tudo bem que muita gente aproveitou o caso das provas do ENEM para fazer a catarse freudiana - ninguém é de ferro. Tudo bem.

Mas, bastaria ter um pouco de boa vontade para imaginar o que estava acontecendo. O INEP contrata pessoas para corrigir as provas. Paga por unidade corrigida. Uma contratada corrigir 2.200 redações em 20 dias...

Fácil imaginar o que deve acontecer em alguns casos: justamente o que aconteceu.

Acho naturalíssimo. Agora, é corrigir o processo - mas, como? Com duas correções? Não é algo que se impeça de acontecer com um murro na mesa.



Foram 2.200 redações, cerca de 1.900 páginas e 66.000 linhas. Essa foi a quantidade lida em apenas 20 dias por duas professora de São Paulo contratadas pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) para corrigir redações do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2012. 
Segundo elas – que pediram à reportagem do R7 para não serem identificadas – o valor pago por cada redação foi de apenas R$ 1,90, quantia inferior à remuneração oficial divulgada pelo MEC (Ministério da Educação), que é de R$ 2,35 por texto.

Achei de muito mau gosto o comentário sobre o valor contratado ser 2,35 e o pago, 1,99. Qualquer ameba sabe que há o desconto de Imposto de Renda, ainda mais quando o valor total pago se situa acima do limite de isenção. Mas correu-se a "informar" ao jornalista o "detalhe"... Não acho isso nem um pouco civilizado. Para dizer pouco. Se não entendeu, ligasse para o INEP e se informasse antes de espalhar suspeitas dissimuladas. Se entendeu, pior ainda...





OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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