sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

(2013/009) Quando se é marxista e nem se dá conta disso

1. É como aquela socióloga para quem dei carona e disse a ela que ela era marxista... Ela negou categoricamente, e disse que era weberiana, não marxista. E eu lhe disse que ela acabou de me dizer que, se o religioso assume que sua experiência é antropológica, informação essa que o sociológico tem, a religião desaparece, e, a meu ver, quem o disse é Marx, para quem a religião é fruto de alienação, e, então, horrorizada, ela encerrou a discussão...

2. É a mesma coisa. No final da discussão, o religioso profissional argumenta que a pessoa precisa de conforto... 

3. Chegamos a esse ponto depois da discussão epistemológica, e, sem outro caminho, o contra-argumento é esse: é preciso confortar o sofredor, dar esperança...

4. Entendo: e você, então, lhe conta uma fábula...

5. Eu sei que se trata de fábula, você sabe, mas o "paciente" tem que acreditar que não é, se não, não funciona...

6. Nesse ponto, o religioso profissional não consegue mais dar linha à pipa e a conversa acaba...

7. No fundo, todo religioso profissional moderno é marxista: mas é profissional. 

8. O que quer dizer que...




OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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