_ Fale-me de uma fé simples e madura...
_ Ela cabe em você, não transborda, não se transforma em torpedo de celular a cada instante. Ela não tem nada a dizer, ela é calma, ela é serena, ela é como um rio que corre planamente, sem corredeiras e em cuja superfície não há ondas...
_ Ela é, então, muda?
_ Ela é como a pessoa que entra no ônibus, assenta-se no lado direito, porque havia ali um banco vazio, e apenas diz bom dia ao passageiro ao lado, sem precisar dizer que dia é hoje, nem "ei, eu estou vivo, está vendo?"...
(...)
_ Ela é algo que você guarda no peito, em silêncio contido e recatado...
_ E não fala nunca dela?
_ Bem, se sentamos para falar dela, falamos dela, mas se estamos no dia a dia, ela saberá esperar ser nomeada...
_ E enquanto isso...?
_ Ela move você, secreta e serenamente, sem ninguém a convencer, nem mesmo você.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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