Tese 1 (está na moda):
_ Vejo um seis.
_ Vejo um seis.
_ Vejo um quatro...
_ Aprenderam, senhores?, a realidade é diferente, dependendo de onde você olhe...
(...)
Mas há outras teses. E eu as prefiro, pelo fato de corresponderem aos fatos:
Mas há outras teses. E eu as prefiro, pelo fato de corresponderem aos fatos:
_ Vejo um quatro.
_ Naturalmente, mas, se você vier para esse lugar aqui, quer ver, venha aqui, veja, não vê um seis agora?
_ Sim, agora eu vejo um seis.
_ Vamos agora lá para onde você estava e veremos, os dois, o seus quatro...
(...)
_ Vejo um seis...
_ Vejo um um.
_ O quê? Espere... Vou até aí... Que um o quê? É um seis - saiu foi a tinta e você não viu direito.
(...)
_ Vejo um seis.
_ Vejo um quatro.
_ Naturalmente, agora, feche os olhos e imagine esse dado, com seus lados, que você conhece... Você jamais conseguirá ver todos os lados ao mesmo tempo, mas eles estão lá... Assim, não é que cada um vê de um jeito, cada qual vê um pedaço: é necessário unir todos os pedaços - se foram bem observados, porque, às vezes, o sujeito não vê que saiu a tinta! - e visualizar, idealmente, a coisa real e concreta que está lá...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Nenhum comentário:
Postar um comentário