quarta-feira, 21 de novembro de 2012

(2012/782) Sobre o crente no Desenhista Inteligente do Design Inteligente

1. Vê os seios?, digo, as mamas? Vê os quadris? Os quadris! Vês as coxas? As curvas, de um lado e de outro, que se costumam comparar ao violão... O violão é que foi feito como o corpo da mulher, a ser tangido, tocado, alisado...

2. Que é que tem?

3. Não vês, idiota, que é a prova de que esse corpo foi feito exatamente do jeito que nós queríamos que ele fosse feito, cada curva dele atende a um desejo dos 
olhos - Design Inteligente, estúpido!

4. Hum... Entendo. Posso, todavia, fazer uma observação?

(...)

5. Bastaria ao seu Desenhista Inteligente ter feito uma coisa com espinhos em cima, quinze protuberâncias rústicas de cada lado, esponjas não-equidistantes e não-conformes a projetarem-se de lugares aleatórios, fungos localizados aqui e ali, buracos disformes, estigmas pontiagudos, uma coisa horrenda e monstruosa - mas que pusesse no cérebro masculino três doses de DNA e libido direcionados a essa monstruosidade, e tu entrarias em orgasmo só por olhar para a coisa...

6. Teu desenhista pode até ser inteligente... Mas tu me sais meio/bastante burro...





OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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