1. Marx disse que até aqui se tentou fazer filosofia com a realidade e que, doravante, se deveria é buscar a sua transformação.
2. Empresto dele a cunha e a cravo, invertida, no tema da religião: até aqui, viveu-se a religião. Doravante, é necessário entender o que ela é - a despeito, é claro, do que todas e cada uma delas diz que é.
3. Nesse sentido, não será tornando Feuerbach (incontornável!), Marx e Freud como autores e pensadores "anacrônicos" - anacrônicos para quem, cara-pálida? - que entenderemos a religião.
4. Não será contra Feuerbach, Marx e Freud que entenderemos a religião - será a partir deles, ainda que ultrapassando-os em seus eventuais reducionismos.
5. Querer, todavia, entender a religião sem considerar o fenômeno em perspectiva feuerbachiana, marxiana e freudiana, juízo meu, é neoconservadorismo - por mais que travestido do mais dissimulado "modernismo" ou "pós-modernismo" - mas é conservadorismo mesmo.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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