segunda-feira, 30 de julho de 2012

(2012/580) Da religião, de viver a religião e de saber o que ela é


1. Marx disse que até aqui se tentou fazer filosofia com a realidade e que, doravante, se deveria é buscar a sua transformação.

2. Empresto dele a cunha e a cravo, invertida, no tema da religião: até aqui, viveu-se a religião. Doravante, é necessário entender o que ela é - a despeito, é claro, do que todas e cada uma delas diz que é.

3. Nesse sentido, não será tornando Feuerbach (incontornável!), Marx e Freud como autores e pensadores "anacrônicos" - anacrônicos para quem, cara-pálida? - que entenderemos a religião.

4. Não será contra Feuerbach, Marx e Freud que entenderemos a religião - será a partir deles, ainda que ultrapassando-os em seus eventuais reducionismos. 

5. Querer, todavia, entender a religião sem considerar o fenômeno em perspectiva feuerbachiana, marxiana e freudiana, juízo meu, é neoconservadorismo - por mais que travestido do mais dissimulado "modernismo" ou "pós-modernismo" - mas é conservadorismo mesmo.



OSVALDO LUIZ RIBEIRO

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Sobre ombros de gigantes


 

Arquivos de Peroratio