2. Não, tenho certa limpeza de consciência - porque digo e disse (penso no caso concreto de hoje) pelo menos três vezes, que não é necessário que o aluno concorde com o que eu digo - mas ele tem de entender, ouvir, compreender o que eu estou falando.
3. E falo o que tenho de falar - passionalmente. Não há outro nome: paixão, convicção profunda do que estou dizendo, conquanto tenha consciência de poder estar errado. A paixão desmente a consciência - mas a consciência marca presença em sala de aula: alunos, não se emprenhem pelos ouvidos - não acreditem em mim, nem em autores de livros, nem em professores: pensem por si mesmos...
4. Mas quem diz isso a eles é um cara tomado pelo pathos de verdade, que maneja seu discurso com impiedade e força...
5. E, depois da aula, a carga de adrenalina descarregada evapora-se no sangue, e os níveis de neurotransmissores baixa, e o coração fica sem força e, fatalmente, triste...
6. Talvez seja o efeito químico do cérebro...
7. Isso, esse, sou eu.
8. Por isso, não há como passar cinza por mim - passa-se a fogo ou a gelo. Mas não se passa na indiferença. É amor ou ódio.
9. Acho que estou começando a cansar...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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