sexta-feira, 9 de março de 2012

(2012/262) Um texto difícil e desafiador - vai encarar?


1. Estou reunindo coisas que tenho escrito, e pretendo publicar. Nesse momento, preparo o primeiro volume de uma série que, por enquanto, chamo de "Fala Sério, Teologia", mas não sei se o nome permanecerá esse. Estou relendo tudo, analisando, corrigindo, pondo e tirando coisas, porque o tempo tira e põe coisas em nós.

2. Acabei de ler um texto que escrevi sobre a última conferência pública de Paul Tillich - ele que foi o principal teólogo das Américas, quero crer, de todos os tempos. Exagero?

3. Ele morreu no ano que nasci, exatos dois meses antes. Mas isso não tem qualquer significado...

4. O texto é longo. É desafiador. Não sei se é para qualquer pessoa. Certamente, não para os ultra-crentes, e, de certo modo, não para quem tem preguiça. Exige do leitor. Acabei de reler e fiquei olhando para o PC... Um bom texto. Em alguns momentos, arrebatador. Mas não será considerado fácil. Certamente muito distante do que se lê como "teologia"...

5. Mas é o leitor que o decide. Se desejar ler - antes que saia em celulose e com meu nome na capa.






OSVALDO LUIZ RIEIRO

2 comentários:

Unknown disse...

Olá Osvaldo.
Acerca de uma possível publicação: "Fala Sério, Teologia".
Dá para fazer muita coisa com seu vasto material, o que dizer de sua mente?!
Tenho tido contato com seus textos, a iniciar pelas aulas que tive no Seminário do Sul, há bastante tempo e fiquei imaginando que seria interessante, pelo menos para mim, ler com Romance (gênero) escrito por você onde fosse possível mergulhar, em forma de crônicas e de uma bela estória, em tudo aquilo que se tem dito em seus textos. Algo como "o caçador de pipas", por exemplo. Por favor, não me leve a mal se não gostou do livro!
Não sei se por ventura você tentará popularizar o tema “Teologia” e até mesmo chegar a ouvidos distantes de nosso contexto teológico – até por que o tema não é para qualquer um –, porém seria interessantíssimo ler um romance com tudo aquilo em que fomos submersos, ensinados, o contato com a crítica, as descobertas, o desencanto, o encanto, o abismo, os homes e seus deuses, o céu de chumbo, enfim. Um romance seria um gênero arrebatador a mentes e ouvidos, não só aos ditos evangélicos, bem como a qualquer outro, pois o que se percebe, não quero falar apenas de mim mesmo, é que as estórias e histórias assim contadas são muito bem aceitas e através delas muitas “verdades” são ditas. Livros de teologia “massudos”, necessários, não nos faltam – bons e realmente sérios, precisamos ser criteriosos –, e o acesso a eles são via academia e por pouquíssimos interessados; contato com a crítica, vide Peroratio – vida longa a ele; engenharias teológicas? Socorram-me!
Quem sabe um romance baseado em suas percepções e constatações, que aqui são o que me interessam, não seria uma boa iniciação a teologia? Sem deixar de lado, claro, seu compendio/volume sobre teologia, que terei o prazer de lê-lo!
Forte abraço!
Edemir.

Peroratio disse...

Anotado, Edemir. O Apanhador de Pipas é ótimo. Chorei. Você já leu Menino Prodígio, do Hesse? Recomendo. Quando ao romance - é uma ideia que acalento. Ainda não arrisquei. Talvez o faça, mas me falta um dom, eu acho. A teologia que eu faria - em termos de método - não se encontra nos volumes pesados. Não escreveria o óbvio ou o que já tem por aí. Só tento escrever o que é meu (ainda que recheado de tanta gente). O volume será "meu", e sem rivais que eu conheça. Mas o romance é uma excelente ideia.

Na realidade, comecei dois, mas parei. Um, o julgamento de Yahweh por ter deixado um casal inocente com uma serpente: abandono de incapaz. O outro, o resgate da esposa de Yahweh. Duas narrativas loucas...

Quem sabe eu não tome coragem e escreva algo mais ao estilo de Hesse?

Obrigado pelo conselho...

Osvaldo

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