sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

(2012/012) Santayana. Nenhuma novidade, depois de Inside Job


1. Tenho gostado de ler Santayana, seja no JB, seja em seu blog. Na maioria das vezes, encontro-o via PHA, que o anuncia antes que eu descubra a nova leitura disponível. O de hoje, divulgado pelo PHA, está no JB, e fala de banqueiros que se torna(ra)m gangsters. Nenhuma novidade, depois de Inside Job.

2. Se você não leu Inside Job, está brincando de entender os dias atuais. Europa e EUA são duas colossais máquinas de mentira e roubo, gigantes, enormes, capitaneadas pelos bancos, pelas corporações e pela política institucional, paga por aqueles. Inside Job conta a história muito bem contada, acrescentando à lista as Universidades, pagas para dar fundamento ao trabalho das quadrilhas. Está tudo lá.

3. No artigo de Santayana, duas coisas me chamam a atenção, a despeito de não haver nenhuma novidade ali, para quem assistiu a Trabalho Interno. Primeiro, termina com uma citação indireta de Morin - e, se eu tivesse gurus, Morin seria o cabeça da lista. Segundo, ele diz que os governantes não servem aos seus povos.

4. Não apenas os governantes, eu acrescentaria. Penso nas religiões, mormente a cristã e suas intermináveis denominações. Quais líderes estão a serviço de seus liderados? Não vou dizer que nenhum - talvez haja dois ou três. Mas, no campo, por exemplo, da sonegação de informação, fico com severas dúvidas. No campo do conhecimento, o Cristianismo institucional é uma máquina de desinformação, sonegação de informação e deformação - e os líderes, mais do que quaisquer outros, são os principais culpados.

5. Há muitos que o são porque são ignorantes - vítimas de seus "seminários" de fundo de quintal, sofreram o que hoje dão a sofrer aos seus: foram enganados, mentiram para eles, deformaram sua mente e razão, falsificaram, fraudaram. Tudo em nome de Deus. Como assim aprenderam e são vítimas de si mesmos, repetem o jogo.

6. Mas há outros a quem o fogo do inferno é pouco: pelo brilho das moedas, "sabem", mas mentem, fraudam, manipulam, controlam, idiotizam - tudo em nome de Deus. São os mesmos que, em dias de "vale-tudo" evangélico, capitaneiam as hostes.

7. Não, não estão a serviço dos fiéis - servem-se deles, quer seja pelo pão, quer seja pelo ouro, pelo Fusion 2012...

8. Nesse sentido, as recentes gerações de líderes evangélicos encarnam o tipo dos políticos das recentes gerações: o povo é útil para seus projetos.

9. Fiquemos com Santayana e seus banqueiros gangsters.






OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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