1. Uma boa pergunta:
2. Não resta dúvida de que há duas narrativas da criação na Bíblia (Hebraica): 1,1-2,4a e 2.4b-3,24. Quem as reuniu em Gn 1,1-3,24 simplesmente pegou uma e colou debaixo da outra. Isso torna muito fácil identificar que são duas, ainda que os conservadores teimem em dizer que se trata da mesma história, contada sob outra perspectiva. Todavia, mesmo com essa saída de Leão da Montanha, fica claro que se trata de duas narrativas.
3. O que eu gostaria de poder explicar a mim mesmo é por que, tendo diante de si duas narrativas da criação e duas do dilúvio, o redator de(ssa porção de) Gênesis tenha unido cabeça com pé as duas narrativas da criação, mas cabeça com cabeça, barriga com barriga e pé com pé as duas narrativas do dilúvio.
4. Para o dilúvio, o efeito é a falsa impressão de uma narrativa, facilmente contornável pela leitura atenta das passagens em duplicado, que podem ser separadas com relativa facilidade.
5. Mas eu não entendo por que os judeus fizeram assim: por que deixaram duas narrativas intactas, uma depois da outra, da criação, mas costuraram as duas do dilúvio numa só. Não sei a razão.
6. Gostaria de saber. Você tem alguma idéia?
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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