1. Sempre se chega à mesma argumentação: se deixa de ser clássica, isto é, baseada em revelação e fé, confissão e tradição, e aceita a regra das Ciências (Humanas e das Religiões), a Teologia, então, deixa de ser Teologia.
2. Bem, não há dúvidas de que a Teologia deixaria de ser o que é - revelada, normativa e confessional. Mas penso que se trata de uma outra questão: se os teólogos podem agir por meio de outra base que não a revelação, a fé e a doutrina.
3. A Teologia jamais se manifestará - ela não tem "ser". Não tem voz. A Teologia não existe fora da cabeça dos teólogos. Assim, não é a Teologia que não acredita poder tornar-se outra coisa - são os teólogos que não querem. E, claro, não querendo, ajuntam um caminhão de argumentos viciados, entre eles, esse: ah, mas aí não é mais Teologia...
4. São os teólogos que reagem, aferrados à revelação, à fé e ao dogma. E eu quero arriscar um diagnóstico: é que, antes de serem teólogos, são pastores, padres, sacerdotes, sejam católicos ou protestantes. Não se trata, aí, de uma disciplina. Trata-se de política: de um mundo que se vai perder, se se aceita a secularização da Teologia.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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