(2011/477) Religião é melhor do que esgoto...

1. O título é provocativo. Mas li, agora há pouco, um desabafo - uma senhora havia sido entrevista pelo recenseador do IBGE, fora-lhe perguntado sobre se sua residência estava conectada à rede de esgotamento sanitário, mas não lhe fora perguntado nada a respeito de sua religião. A senhora preferia que houvesse sido entrevistada sobre sua religião, e não sobre seu esgoto - se fosse possível escolher.

Sou do interior do estado de S.Paulo, fui entrevistado pelo recenseador e não me foi perguntado a qual religião eu pertenço, vejam só, más fui questionado se em minha casa meu esgoto está ligado a rede de capitação do município. Sinceramente, prefereria ter professado minha fé católica do que qual o destino de meu esgoto. Será que poderemos realmente acreditar no resultado final do quesito religião? Será que os dados estatístico serão um retrato fiel de nossa sociedade?

2. Dizer mais o quê? Bem, meu pensamento sobre isso é o oposto. Não estou nem um pouco "preocupado" se meu vizinho é da Seicho-no-Ie, da Perfect Liberty, kardecista, umbandista, budista, cristão, do Santo Daime, muçulmano, ateu ou de qualquer outra expressão de fé. Tampouco estou interessado em que anotem em qualquer papel que fé me move. Mas estou muito interessado em saber se suas residências estão ligadas à rede de esgotamento sanitário. E, se, além disso, interessa às estatísticas saber que fé professo, que seja. Mas, primeiro, os esgotos...

3. Questão de gosto?

OSVALDO LUIZ RIBEIRO