1. Bel é minha testemunha. Passo os dias, seja pela Internet, seja pessoalmente, em encontros físicos, digamos assim, a dialogar sobre conhecimento e tudo quanto gira em torno do tema. Ouço trezentos nomes de autores - alguns dos quais nunca li. Outros, li o fundamental deles. De Morin, li O Método duas vezes inteiras, os seis volumes, e alguns dos volumes, três vezes. Além disso, li quase tudo que dele há em português.
2. Pois bem: não posso dizer outra coisa - Varela, Maturana, Habermas, Apel, Lukács, Bachelard, Le Moige para citar apenas aqueles que o próprio Morin cita e de cujas teses chega a se utilizar, não estão à altura da obra de Morin. Cada um deles, das duas uma: a) ou toca em temas, inclusive, fundamentais, e, até, na base de fundamentos para Morin, que Morin toca, ou b) defende questões éticas e políticas que são as teses éticas e políticas de Morin.
3. Todavia - juízo meu: nenhum deles consegue, em nenhum lugar, reunir, num só conjunto, todas as questões humanas, epistemológicas, heurísticas, éticas e estéticas, num sistema que reúne uma massa absurdamente grande de disciplinas universitárias. Morin o faz.
4. Até hoje, não consegui, ainda - e olha que eu tento, minha mente é uma máquina de triturar proposições de terceiros - desmontar um único argumento de Morin. Até onde consigo fazer toda a força que faço, Morin passa incólume, inteiro, perfeito! Quanto aos demais, mesmo quando estão certos, estão parcialmente certos, e naquilo que estão parcialmente certos, Morin já os integrou num sistema complexo não-disjuntivo, realista/idealista ("realismo racional crítico", para usar uma expressão de Michel Paty, ou, nos termos de Morin, tanto idealismo quanto realismo ou nem idealista nem realismo).
5. Lamento, meus amigos. Só poderão me dar certeza quando lerem Morin, O Método. Se lerem. Enquanto não lerem, somente poderão dizer que estou contaminado pela morinianite. Pode ser...
6. Todavia, continuarei a ler os outros autores, principalmente aqueles que citam para mim. Se não dialogam comigo nas bases de Morin (nas minhas bases!), resta-me, agoraral que sou, tentar trazê-los para o diálogo em sua própria base de citações.
7. E, enquanto forço-me a ler os outros, vou ler O Método tudo de novo, e, dessa vez, para destruí-lo - se for possível!
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
2. Pois bem: não posso dizer outra coisa - Varela, Maturana, Habermas, Apel, Lukács, Bachelard, Le Moige para citar apenas aqueles que o próprio Morin cita e de cujas teses chega a se utilizar, não estão à altura da obra de Morin. Cada um deles, das duas uma: a) ou toca em temas, inclusive, fundamentais, e, até, na base de fundamentos para Morin, que Morin toca, ou b) defende questões éticas e políticas que são as teses éticas e políticas de Morin.
3. Todavia - juízo meu: nenhum deles consegue, em nenhum lugar, reunir, num só conjunto, todas as questões humanas, epistemológicas, heurísticas, éticas e estéticas, num sistema que reúne uma massa absurdamente grande de disciplinas universitárias. Morin o faz.
4. Até hoje, não consegui, ainda - e olha que eu tento, minha mente é uma máquina de triturar proposições de terceiros - desmontar um único argumento de Morin. Até onde consigo fazer toda a força que faço, Morin passa incólume, inteiro, perfeito! Quanto aos demais, mesmo quando estão certos, estão parcialmente certos, e naquilo que estão parcialmente certos, Morin já os integrou num sistema complexo não-disjuntivo, realista/idealista ("realismo racional crítico", para usar uma expressão de Michel Paty, ou, nos termos de Morin, tanto idealismo quanto realismo ou nem idealista nem realismo).
5. Lamento, meus amigos. Só poderão me dar certeza quando lerem Morin, O Método. Se lerem. Enquanto não lerem, somente poderão dizer que estou contaminado pela morinianite. Pode ser...
6. Todavia, continuarei a ler os outros autores, principalmente aqueles que citam para mim. Se não dialogam comigo nas bases de Morin (nas minhas bases!), resta-me, agoraral que sou, tentar trazê-los para o diálogo em sua própria base de citações.
7. E, enquanto forço-me a ler os outros, vou ler O Método tudo de novo, e, dessa vez, para destruí-lo - se for possível!
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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