segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

(2011/025) Serra das Araras - 1967 - 1.700 mortos


1. É de todo lamentável que a mídia saia a propalar manchetes e a gastar tinta virtual sem tomar devidamente o pé das coisas. Nesse caso, tanto a mídia de direita quanto a de esquerda - lamentavelmente. Até a Carta Capital sai a dizer que estamos diante da maior catástrofe natural que o país já enfrentou, esta, a da região serrana do Rio ("A tragédia na região serrana do Rio de Janeiro já é a maior da história do Brasil"). Não é verdade...

2. Para cada morto, a rigor, para seus familiares e amigos, essa é a maior tragédia, ainda que seja o caso de apenas essa morte. Em números comparativos, todavia, o deslizamento colossal das Serras das Araras, em 1967, com 1.700 mortos, é, de longe, a maior das tragédias. Naquela ocasião, em três horas, choveu o dobro de toda a água que caiu sobre a região serrana do Rio - o dobro da quantidade de água em 1/8 do tempo. E a Serra das Araras dissolveu-me, arrastando tudo pela frente, e fechando a Dutra por três meses.


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3. Lamente-se a fato de que essa informação está disponível na Internet. Os "jornalistas" não as consultam por pura falta de rigor em suas penas, pressa, vício de "copiar e colar" - o que faz de seu serviço alguma coisa de muito pouca confiança. Mais atenção, senhores jornalistas!

4. É por essa e por outras que não confio - mais - cegamente - em jornalistas. Para toda e qualquer informação, consulto o Oráculo, atrás de "contraditórios". Até agora, a mídia de direita ganhava de longe nos despautérios jornalísticos. Mas a Carta cochilou... Lamentável.



OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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