sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

(2010/622) Jimmy, eis aí uma das "bases" de Edgar Morin em O Método


1. Meu amigo Jimmy entra no título dessa postagem, porque, recentemente, tivemos uma conversa sobre O Método, e eu lhe disse que, no campo da Sociologia, da Filosofia, da Antropologia, da Epistemologia, não conheço nada que chegue perto de Morin - nada -, e que isso se deve ao fato de que Morin, além de sua genialidade pessoal, conectou o top do top do top do conhecimento disponível em diversas áreas das ciências, e construiu uma plataforma operacional que eu considero inovadora, porque (re)liga o pensamento à matéria, e propõe o fim da disjunção, tornada clássica desde os filósofos gregos, oficializada por Platão e divinizada no Cristianismo. Não há com o que comparar a obra de Morin - pelo menos até agora.

2. No vídeo, um neurocientista, Sebastian Seung, trata das conexões neuronais do cérebro. Nada do que ele fala é novidade para quem leu O Método - mais do que isso, meu próprio cérebro faz as conexões outras que o vídeo não faz, mas que O Método faz e permite fazer. Morin inaugura, para mim, a era da Filosofia assentada na matéria, porque, até aqui, a Filosofia foi pouco mais do que a imagem dessacralizada da Teologia, tendo cometido o pecado de continuar a viver no mundo das fadas. Se não entrarmos na matéria, se não enfiarmos a mão lá dentro, tudo quanto escrevermos, falarmos, filmarmos, está enorme e inexoravelmente fadado ao ilusório, ao equivocado, porque baseado em pressupostos que não dão conta da ligação entre pensamento e matéria - e a vida humana é essa ligação.

3. Uma vez que li Morin, O Método, até agora, duas vezes e um tanto, não me sinto nem um pouco constrangido em dizer - eu sou meu conectoma... Assistam ao vídeo, e tirem suas conclusões. Ah, e se me levam a sério, comprem e leiam O Método. Não há nada mais importante para se ler hoje.



(para ler as legendas, clique em view subtitles, e escolha "Portuguese")


4. O Natal está aí - larga de ser teimoso e compra logo O Método. Pode-se começar a ler ou pelo volume 1 ou pelo volume 4. Eu comecei pelo 4. Mas recomendaria que se começasse pelo 1. E prepare-se para voltar para a escola, e refazer sua formação inteiramente.



OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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