(2010/493) Eu, teólogo, gosto da Chauí

1. Primeiro, porque tentou - será se conseguiu? - pôr ordem na casa da Dona Teologia, que, tendo entrado no MEC como que pela portas dos fundos (quero dizer, sem discussões sérias, epistemológicas, mas tão-somente pela força da política), tem dificuldade agora de entender que ali/aqui não é classe de Escola Bíblica Dominical, nem ambiente de catequese - e, cá entre nós, é assim que tem sido (até no doutorado, eu diria, mas esse já é outro vespeiro!). Não sei se a intervenção que a professora, doutora e filósofa produziu vai surtir algum efeito (bem, "algum", é claro que surtiu...), porque a Teologia tem a boca torta de tanto cachimbo medieval e imperialista/conquistador/proselitista/cateqúetico, mas, de qualquer modo, alguém disse umas boas verdades aos ouvidos moucos da Teologia (se bem que, é justo dizê-lo, apenas ouvidos evangélicos foram obrigados a ouvi-las, não? - a discussão apenas mal começou, eu diria).

2. Agora gosto mais ainda, porque ela espinafra contra a mídia comercial - o PIG (Partido da Imprensa Golpista) e contra essa patifaria serrista/"marinista"/piguista de "aborto", hipocrisia das hipocrisias das hipocrisias e manipulação da consciência bovina de uma população de redil religioso.

3. A Teologia precisa transformar-se em algo universitariamente sério, porque, caso contrário, deve voltar para os castelos/catedrais do medievo. De outro lado, a República tem que se fazer levar a sério: as eleições presidenciais não podem passar ridículo. E, cá entre nós, essa história de espalharem mentiras em troca de votos, apelando para a assustadíssima (in)consciência evangélica e baixo-católica é... dose!

4. Ops!, quase me esqueço - aqui a reportagem sobre a Prof. Dra. Marilena Chauí e suas recomendações e face da pouca-vergonha da mídia...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO