(2010/447) Mas de que raios de Teologia estão falando?

1. Há dois anos foi a tal da "comunidade". Inflamado - na realidade, a dispensar indiretas - o teólogo vociferava que "teologia que é teologia se faz em comunidade". Fiquei pensando se essa teologia era alguma coisa como um ménage à trois... Está claro que não se trata de pesquisa. Se a Teologia de que se falava fosse pesquisa, fosse ciência, poderia perfeitamente ser feita "fora" de comunidade. Mas não é: é uma mistura de mito e política, de animação de auditório e delírio, de modo que, é verdade, sem platéia, não vai...

2. Agora a moda é falar que teologia que é teologia se vive... Outra vez essa coisa estranha. Como assim? Teologia é um enredo? É um script? Teologia é estilo de vida? Ser teólogo é alguma coisa como ser... emo? Quer dizer, se você é emo, você se veste assim, com o cabelo assim, com maquiagem assim, com roupa assim. O sujeito olha para você e na hora já sabe que você é emo... O sujeito olha para você e na hora vê que você faz... teologia... Ai, meus sais...

3. Vou ficando velho, ranzinha e impaciente. É o ar de pseudo-inteigência, de afetadas "sensibilidade" e "espiritualidade" com que se dizem as coisas. Um medo... ai! Uma afetação... ui! Às favas... Teologia ou vira ciência ou não passa de racionalização religiosa, mitologia anunciada em pacotes retórico-doutrinários, ainda que fazendo força para não parecer nem doutrina nem mito.

4. Duvida? Espreme esses teóloos e verá o que sai de dentro. O sujeito fala que não conhecemos Deus e... olha lá Deus! Faz umas pantominas verborrágicas danadas para, ao fim e ao cabo, voltar à mesma ladinha. E depois ainda desanca o neopentecostal. Que diferença? Ao menos o neo não é tão dissimulado. É mais honesto, até.

5. Que Deus me dê paciência. Ando carente dela.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO