1. ... e traz na mala um artigo para mim.
2. Jimmy, agora, é internacional. Fala tão bem o francês que até apareceu no meu sonho, ontem, esnobando a língua de Voltaire... Cansado, já, do glamour de Estrasburgo, vai dar um pulo aqui no Brasil, para recordar-se de como é a vida no térreo do planeta, ele que, agora, habita as cobeturas de primeiro mundo européias. Trocará os vinhos franceses por... bem, deixa pra lá...
3. O que importa mesmo é que Jimmy traz, me garantiu, na mala, um artigo atrás do qual estou desde o ano passado. Quem mo indicara foi Erhard Gerstemberger, que descobriu autor e título, mas não o localizaou fisicamente. Mas Estrasburgo é Estrasburgo, e Jimmy o achou em meia hora de busca... Já está com a cópia e ma trará, assegurou-me...
4. Ah, esse artigo. Depois que eu vencer o seu alemão de Primeira Guerra - foi escrito no início do século XX - terei melhores condições de fechar meu ensaio sobre o verbo "bará" (cortar/construir/criar), que, é a minha hipótese, que pretendo demonstrar, foi "santamente fraudado" no século passado. Durante o áureo século filológico, segundo os facsímiles de dicionários e gramáticas de hebraico que tenho, todos do século XVIII e XIX, a raiz "bará" era considerada uma só, significando, propriamente, cortar, e, por conseguinte, construir, e, por metáfora, criar. Como que por mágica, no século XX, teólogos, dicionários e gramáticas aparecem, como que do nada, com a história de três raízes homônimas, bará I, criar, bará II, cortar e bará III, engordar. Meu diagnóstico, baseado em Walter Brueggemann: reação programática da Teologia, para silenciar a filologia. Bem que, poucos anos antes desse artigo ter sido escrito, Nietzsche, e O Anticristo, teria dito que "todo bom teólogo é mau filólogo". Parece que, mais uma vez, Nietzsche estava certo.
5. Em junho, acontecerá um congresso sobre língua hebraica na USP. Agora já posso pensar em ir...
OSVALDO LUIZ RIEIRO
2. Jimmy, agora, é internacional. Fala tão bem o francês que até apareceu no meu sonho, ontem, esnobando a língua de Voltaire... Cansado, já, do glamour de Estrasburgo, vai dar um pulo aqui no Brasil, para recordar-se de como é a vida no térreo do planeta, ele que, agora, habita as cobeturas de primeiro mundo européias. Trocará os vinhos franceses por... bem, deixa pra lá...
3. O que importa mesmo é que Jimmy traz, me garantiu, na mala, um artigo atrás do qual estou desde o ano passado. Quem mo indicara foi Erhard Gerstemberger, que descobriu autor e título, mas não o localizaou fisicamente. Mas Estrasburgo é Estrasburgo, e Jimmy o achou em meia hora de busca... Já está com a cópia e ma trará, assegurou-me...
4. Ah, esse artigo. Depois que eu vencer o seu alemão de Primeira Guerra - foi escrito no início do século XX - terei melhores condições de fechar meu ensaio sobre o verbo "bará" (cortar/construir/criar), que, é a minha hipótese, que pretendo demonstrar, foi "santamente fraudado" no século passado. Durante o áureo século filológico, segundo os facsímiles de dicionários e gramáticas de hebraico que tenho, todos do século XVIII e XIX, a raiz "bará" era considerada uma só, significando, propriamente, cortar, e, por conseguinte, construir, e, por metáfora, criar. Como que por mágica, no século XX, teólogos, dicionários e gramáticas aparecem, como que do nada, com a história de três raízes homônimas, bará I, criar, bará II, cortar e bará III, engordar. Meu diagnóstico, baseado em Walter Brueggemann: reação programática da Teologia, para silenciar a filologia. Bem que, poucos anos antes desse artigo ter sido escrito, Nietzsche, e O Anticristo, teria dito que "todo bom teólogo é mau filólogo". Parece que, mais uma vez, Nietzsche estava certo.
5. Em junho, acontecerá um congresso sobre língua hebraica na USP. Agora já posso pensar em ir...
OSVALDO LUIZ RIEIRO
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