segunda-feira, 13 de julho de 2009

(2009/391) Render-se - das tentações cotidianas...


1. Mais uma metáfora bélica - advetirá meu amigo Fanuel. Capitulo: sim, minh'alma sente-se incessantemente em guerra. Guerra contra si mesma, para manter-se animal e sair da animalidade, para ascender à espiritualidade (em sentido moriniano!) e fugir dela, uma guerra do corpo contra o espírito, uma guerra da vontade contra a preguiça... uma guerra contra a lucidez e a loucura, inter-promíscuas...

2. Mas também uma guerra contra tudo e todos... contra que considero incontornável, ienxorável, lutar. Sim, são guerras imprestáveis, algumas vezes, equivocadas, outras, necessárias, todavia, algumas. Soubera como discernir entre elas, a paz da minha alma estaria comprada...

3. Minha guerra contra a Teologia talvez seja, provincianamente, uma guerra contra os atos de lesa-humanidade. Ah, como posso, ao mesmo tempo adorar e detestar Nietzsche? Como "vibro" diante de seus arremetimentos contra a subjugação da consciência humana por meio da heteronomia cristã. Vibro, porque dizer "cristã" nada mais é do que rotular uma pratica ideológica nociva à autonomia humana: onde há um cristão, aí há um escravo. Diz-se, desde Paulo, de Cristo... mas Cristo é o nome de muitas forças e ideologias... é mesmo um boneco de marionete...

4. Por outro lado, ardem-me as entranhas diante do desprezo nietzscheano às deomcracia, à igualdade. Crepúsculo dos Ídolos pôs abaixo todas as minha dúvidas de que Nietzsche é, irremediavelmente, um aristocrata de velha estirpe, de classificar a sociedade em três estamentos - a plebe, o povo, a massa, de um lado, e o governo e a elite, dos outros. Ah, ir descobrindo que as iras que nutrimos contra o Cristianismo histórico produzem-se por mesmas e diferntes razões...

5. Minha luta contra a Teologia - e quase o posso genralizar - dá-se por razões as mesmas que a minha luta contra o Cristianiso histórico: manipulação das consciências, alienação, self deception, introjeção da heteronoia como lei, ideologia política, pequena e grande, no atacado e no varejo, travestida em espiritualidade, castração, maldade dita amor.

6. É por isso que me constrange a Teologia da metáfora, porque ela diz-se libertação, conquanto a libertação que promova pretende constituir-se sobre, antes de tudo, a falsificação hermenêutica dos sentidos históricos da tradição - fazer a o que fora b, como se fora a desde sempre. O nome disso é mentira. Contra a Teologia clássica, às favas com o direito germânico de postular o ponto crítico como sendo a consciência do acusado: a política produzida pela convicção pessoal do mito como "verdade" não absolve o crime de forjar uma realidade, no mínimo asegurá-la, às massas plasmáveis, para plasmá-las, para as cooptar, para as controlar, para mantê-las no redil. Democracia cristã - um oxímoro...

7. Ou a teologia põe a mão na consciência, ou será criminosa até seu úiltimo suspiro. Mesmo quando - e por isso mesmo - golfa sermões aos borbotões...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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