1. A liturgia da noite agalopada faz-se com três partes de profecia trágica nordestina, três partes de filosofia do profundo mais três partes do ritmo eclético-mestiço da aurora da neo-humanidade planetária - neo, sim, mas porque redescoberta como a vecchia...
2. Não há bancos, nem estamos todos agrupados. Juntos. Mas não agrupados. Reunidos. Mas não ajuntados. Próximos. Mas não arrebanhados. É que não somos ajuntáveis. Somos livres. E soturnos. E brumosos. E noturnos. E trevosos. Luz demais... nos cega! Somos, pois da noite, porque esperamos pela aurora, enquanto nos apegamos à escuridão amável.
3. Um segredo recolhido dos escombros da tradição: a criação é uma frágil bolha de luz circundada por treva. Somos filhos da água. E da escuridão. Algo assim como o útero... escuro... aquático...
OSVALDO LUIZ RBERO
Nenhum comentário:
Postar um comentário