1. A palavra usada, escrita ou falada, é um ponto na superfície de uma bolha - pode-se imaginar uma boa bola de sabão! Se você tirar um pequeno ponto dessa superfície, a bolha estoura - puf! Aqui, você tem a bolha de sabão, agora, puf!, não tem mais.
2. Há outro aspectro da palavra que se pode esclarecer por meio da mesma metáfora: é preciso, sempre, reconstruir toda a bolha, para saber-se algo da palavra que se encontra, hologramaticamente, na superfície dela. Não há absolutamente nenhuma semelhança entre a palavra "lealdade", quando numa bolha, e a palavra "lealdade", num dicionário. A palavra usada é aquilo que a bolha em que ela é usada faz com que ela seja. E não outra coisa.
3. Isso significa que, em termos exegéticos - adorei, Haroldo: em termos histórico-sociais com viés fenomenológico (quando eu empregar o termo histórico-crítico é a isso que me refiro), definitivamente, trata-se, sempre, de reconstruir a bola de sabão, de cuja reconstrução depende, inexoravelmente, o sentido de cada palavra, de todas elas, do conjunto delas. Não se trata de ouvir a palavra, mas de ouvir o evento.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
2. Há outro aspectro da palavra que se pode esclarecer por meio da mesma metáfora: é preciso, sempre, reconstruir toda a bolha, para saber-se algo da palavra que se encontra, hologramaticamente, na superfície dela. Não há absolutamente nenhuma semelhança entre a palavra "lealdade", quando numa bolha, e a palavra "lealdade", num dicionário. A palavra usada é aquilo que a bolha em que ela é usada faz com que ela seja. E não outra coisa.
3. Isso significa que, em termos exegéticos - adorei, Haroldo: em termos histórico-sociais com viés fenomenológico (quando eu empregar o termo histórico-crítico é a isso que me refiro), definitivamente, trata-se, sempre, de reconstruir a bola de sabão, de cuja reconstrução depende, inexoravelmente, o sentido de cada palavra, de todas elas, do conjunto delas. Não se trata de ouvir a palavra, mas de ouvir o evento.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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