segunda-feira, 17 de novembro de 2008

(2008/52) Jimmy e Lévinas


1. Jimmy. Chegou Lévinas. De Deus que vem à Idéia. A introdução é esotérica. Terei de ler umas vezes mais, porque sequer consegui pegar o fixo dela, o eixo que gira dentro dela e a move. Sem isso, sem pegar o fixo, leitura é exercício inútil (essa metáfora do fixo me nasce pelo meu carro de motor batido...).

2. Dou-lhe crédito, ainda (decide aí se é a você ou a Lévinas que me refiro...). Li o primeiro ensaio: não gosto de livros que são conjuntos de artigos, e o livro é isso aí, uma coletânea. Prefiro obras homogêneas, do mesmo fôlego e parto. Mas pode ser que sempre se salva alguma coisa. Esse Ideologia e Idealismo é um texto curiosíssimo - uma crítica severa ao Estruturalismo (Lévinas mereceria meu aplauso por isso), mas, surpreendente!, por meio de Platão - "Idealismo": "Idealismo antes da Ciência e da Ideologia" (p. 32). Lévinas não cita o Platão da República, claro!

3. Mas para eu, ao menos, foi-me possível discernir o fixo - é o Estruturalismo, a crítica ao seu "des-humanizamento". O restante é uma apologia da tradição judaico-helênica do Mesmo, do Outro, do Absolutamente Outro (Otto!). Vou ler de novo, desemaranhar a linha da pipa, e dar meu parecer. Depois, sigo em frente, para ver se outros textos da coletânea me reservam posições mais agradáveis. Essa, defendida aí, não me parece defensável. Quem leu Morin fica imprestável para vôos idealistas.

4. Aguarde desdobramentos, tartamuda criatura! Foges do blog como - é mentira, mas é o que se convenciona falar nesse trocadilho - o diabo da cruz...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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