quarta-feira, 25 de março de 2015

(2015/323) O Monstro-Estado

O Estado é um monstro necessário.
Ele é um perigo - e quem viveu a Ditadura miserável brasileira, sabe disso. Fedelhos ignorantes andam a berrar pelo que desconhecem, mas são a anencefalia com espinhas...
O Estado é um perigo...

A ausência dele, todavia, é ainda pior.
Por que se acha que o Capital quer reduzir o Estado à burocracia do controle das chaves das cadeias, onde se amontoam pobres, pretos, putas e petistas?
Para o Capital, o Estado é sua doméstica-escrava: e nada mais.

Hegel é um teórico do Estado.
O Estado precisa controlar a sanha dos capitalistas, rentistas, oligarcas.
O Estado deve fazer, de fato, o que a religião hipocritamente grunhe entre os dentes: o religioso não quer ver o fim da pobreza - ele quer o pobre a pedir esmolas, para que ele, religioso, possa exercer a caridade divina. Hegel queria que o Estado assumisse a função de, primeiro, reduzir e, finalmente, acabar com a pobreza.
O religioso fatalista naturalista dirá: impossível.
É que ele não quer...

O Estado precisa ser instrumento de controle das forças da sociedade - e tem de ter um partido, um e apenas um: os pobres. Sua função tem de ser uma e apenas uma - criar mecanismos para que os pobres deixem de ser pobres, subam de vida, vivam com dignidade.

O resto é o Capital falando, seja pela boca dos políticos contratados, dos religiosos encomendados.










OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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