Nada, absolutamente nada, tem fundamento em si mesmo - nada. Quando, na pesquisa, corta-se o vínculo do texto com quem o compôs, pode-se tentar o argumento que for, o critério passa a ser a cabeça de quem lida com o texto.
Você tenta explicar, mas a pessoa ou não entende ou faz que não.
Não é a mesma coisa argumentar que não há como garantir ou mesmo demonstrar, inequivocamente, ter-se recuperado o vínculo entre texto e autor e argumentar que - axiologicamente, texto a autor estão inexoravelmente desligados.
Não, não estão. Por mais que o texto tenha ganho polissemia, o vínculo histórico-teleológico de sua composição está lá. Ou é muita tolice ou muita má fé dizer que não, conquanto se possa argumentar, com propriedade, da dificuldade enorme de se garantir que o resultado da tentativa de recuperar esse vínculo tenha objetivamente alcançado.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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