O cristão que se diz progressivo e livre das estruturas opressivas do Cristianismo que ele considera "deturpado" recorre à massa de estoque das tradições dos Cristianismo, constrói um Jesus bonzinho e "dos que sofrem", reflexo do amor e da liberdade e, ai, ai, imediatamente retornam à plataforma de ter que enfiar esse construto na cabeça do mundo inteiro, seja brasileiro, americano, ocidental, terráqueo. Ou seja, ele acha que se libertou a síndrome de Império e, todavia, apenas mudou o sinal - de um Deus-mal a oprimir todo mundo, um Deus-bom a amar todo mundo. É, ainda, o mesmo sujeito, tentando limpar a varanda da velha casa...
Se o sujeito quer manter-se cristão, que ao menos restrinja sua sede de poder (transformada em sede de cuidado - mera abstração doutrinária): o mundo não precisa do seu mito, porque o mundo está apinhado deles e cada povo tem, já, o seu.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Nenhum comentário:
Postar um comentário