
Numa sociedade isolada, sem contatos externos de nenhuma natureza, a fé se mantém pela ignorância. As pessoas acreditam porque acham que é a única coisa a fazer - e assumem o conteúdo em que creem como o único existente.
No século XVI, a imprensa fez com que as ideias circulassem, e não foi mais possível segurar a hegemonia de "um" Cristianismo - ele rachou, fragmentou-se e se espalhou em cacos.
A partir daí, a fé só é possível na arrogância e na prepotência. Quando a fé se depara com outra, de igual força e forma, em lugar de auto-compreender-se como mito, ela assume-se como verdade e transforma a outra em mentira. Pecado de presunção - a isso se chama fé.
Para todos os fins, uma estupidez.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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