Quando se fala das bondades de Jesus, retruque-se com a doutrina do inferno: o bom Jesus mandará bilhões para lá, com passagem só de ida, eterna, sem sursis...
O sujeito entrará em modo de atordoamento. Ele tenderá a tornar-se tão mal quanto o próprio Jesus, justificando o inferno - para um "pecado" (verdade?) em uma vida, uma punição horrível para toda a eternidade - e ainda chamam a isso de Justiça!...
Ou tenderá a começar a querer esboroar a doutrina do inferno, como há quem o queira - de modo que começa, com o mesmo movimento, a fazer da doutrina de Jesus um ímã de geladeira: é bonitinho, mas não serve pra nada...
De minha parte, considero que Jesus serve bem como chavão, slogan, palavra de ordem. Mas, no dia em que o prenderam, amarraram e algemaram nas doutrinas teológico-morais da pérsia e o enclausuraram nos significados sacerdotais de Jerusalém, tornaram-no uma aberração ética, da qual só se pode livrar com muita, muita coragem.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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