Não se pode esquecer que a Política se faz em dois movimentos: o movimento utópico, que é a alma da Política, e o movimento tópico, concreto, que é a ocorrência dos possíveis.
A utopia não requer controles, considerações, sentido de realidade: é utopia. Já o movimento tópico, concreto, aqui e agora, a ação em si, essa precisa de lucidez, de considerar-se que há uma distância infinita entre a utopia e a "topia".
Se você não entende isso, vai falar muita asneira sobre Política, porque não consegue distinguir entre o possível e o ideal. Vai deixar que os sentimentos minem sua análise concreta. Não conseguirá mais perceber o tópico e, como não se pode viver no utópico, entrará em parafuso teórico.
Quem acha que apoio Lula pelo ideal, pelo utópico, faz-se de tolo.
Quem entende que apoio Lula como a ação possível, entende-me.
(...)
(...)
O risco de eu estar errado: há um outro possível, que eu não enxergo como realmente possível.
Posso estar errado, desde que não me venham com possíveis Barbosas, Marinas, Hucks e velhos Coisos...
Apontem-me um possível verdadeiramente possível e darei o braço a torcer.
Antes disse, parem de mimimi...
Ah, e antes que eu me esqueça: qualquer possível que a mídia apresente, já detesto de pronto.
Ah, e antes que eu me esqueça: qualquer possível que a mídia apresente, já detesto de pronto.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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