É do século XIX, logo, há um recato nas palavras - mas, cá entre nós, não muda nada o desejo que está por trás delas, muda?
Que Mimo
Tu és morena e sublime,
Como a hora do sol posto.
E, no crepúsculo eterno
Que te envolve o lindo rosto,
O céu desfolha canduras
De alvoradas e jasmins,
E passam roçando n´alma
As asas dos querubins...
Teu corpo que tem o cheiro
De cem capelas de rosas,
Que t´enche a roupa de quebros,
De ondulações graciosas,
Teu corpo derrama essências
Como uma campina em flor:
Beijá-lo!... fôra loucura;
Gozá-lo!... morrer de amor...
Tobias Barreto
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Nenhum comentário:
Postar um comentário