sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

(2013/080) A ortodoxia está certa. Está errada, mas está certa


1. Não há como você desmontar o Antigo Testamento e, depois, continuar brincando de tradição...

2. Por exemplo: se você faz a crítica do Antigo Testamento, Paulo, inteiro, dos pés à cabeça, desmorona. Paulo é um castelo de cartas marcadas sustentado por um quinto ás... Você tira o ás e cai todo o castelo, carta a carta, e todas de uma vez...

3. Fazer a crítica e, todavia, manter o mesmo discurso, é incoerente.

4. Se a base sobre a qual a ortodoxia se construir é retirada, a ortodoxia cai. De modo que há muitos prestidigitadores na teologia: com a mão esquerda, tiram a base, e com a direita, recolocam o discurso, adoçado, mas, na prática, o mesmíssimo discurso - tem pecado, reinterpretado, mas tem, e tem de ter salvação, reinterpretada, mas tem...

5. Ao discurso ortodoxo, reservo críticas. Ao discurso cripto-ortodoxo, disfarçado de new theology, reservo um certo desprezo.

6. Assim, ponto para os ortodoxos.

7. Errados, pelo fato de não se darem conta de que são tão tradicionais quanto os católicos, que criticam. Mas certos, porque sabem que, se tirarem Jerusalém, os sacerdotes, o Deus que quer sangue, não se justifica Jesus...

8. Sem o sangue dos sacerdotes, Jesus é um Paulo Freire judeu... e olhe lá...




OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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