1. Meu irmão, Davi Freitas, fomos colegas de turma no Seminário, põe-me uma questão: ele leu que Deus é o próprio oficiante do culto prestado a ele mesmo...
2. Respondi assim:
a) se a plataforma teológica é sacramental, está certo. Na teologia católica, sacramental, nenhum homem opera coisa alguma - nem culto. É o sacramento. O clero. O clero é sacramento - é ele que intermediação o culto, a oferta, t
udo. E o clero é sacramento enquanto agente de Deus para a intermediação entre homem e Deus. Nesse sentido, Deus opera para Deus...
b) a Reforma fez uma alteração: disse que cada um é seu próprio sacerdote. Bem, isso pode ter mudado as coisas. "Pode". Mas depende.
3. Se com isso se quer dizer que acabou a história de sacramento, então cada qual opera seu culto a Deus, e não é mais Deus a operar a coisa.
4. Todavia, se a Reforma apenas generalizou, inflacionando, a base sacramental - eu sou sacramento de Deus, eu sou meu próprio sacerdote, então, nesse caso, estamos na mesma plataforma católica, sacramental, de modo que ainda é Deus a operar para Deus.
5. Logo, é necessário ir até o núcleo duro da teologia dessa ou daquela Igreja para ver como as coisas ali foram desenhadas.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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