(2012/881) Provocações sobre oração

1. São provocações. Não leia, se não quer se aborrecer...

Por que eu devo orar?

Para que Deus atenda seus pedidos...

Mas ele não sabe o que é melhor pra mim?

Sim...

Então, por que eu preciso pedir?

Pra que ele saiba que você sabe que é ele que te dá...

Mas ele não sabe que eu sei?

Sim, mas ele quer que você peça...

Por quê?, acho que voltamos ao início. Se ele sabe o que é melhor para mim, então ele me dá...

Mas ele quer saber o que você quer...

Mas ele não sabe o que eu quero? Ele sabe tanto o que é melhor para mim tanto quanto ele sabe o que eu quero - ou ele me dá, ou não dá. Não acho que eu precise pedir...

Mas ele quer que você peça.

Não vejo sentido. Se eu pedir algo que ele não queira me dar, ele vai me dar? Por exemplo, eu queria que ele me desse a Úrsula Andrews do filme do James Bond, mas sem o James Bond e seu a faca... Ele daria?

Não seja tolo!

Pois então: se o que eu devo pedir é o que eu posso pedir, então pedir é um capricho, uma burocracia estatal, só para encarecer o produto... Preencha o formulário! Preencha o formulário!

Você não vê as coisas como Deus vê!

E como Deus vê? Eu posso dar, mas vou esperar ele pedir pra ele saber quem mandar nessa zona?

Não é assim...

Então me diga como é...

Ele quer que você aprenda...

O quê?

Que você aprenda que é ele que dá. Ele quer que você aprenda a ser submisso...

Você é surdo? Tem algum problema no cerebelo? Eu já sei que é ele que dá. Pule a parte da enrolação, vamos direto ao ponto: ele é um Pai que ama ou um burocrata da Secretaria de Abastecimento?

Desse jeito não vai ter é nada...

Pois é. Sua teologia não fala sobre Deus. Fala sobre mim. Sua teologia quer me fazer agir do jeito que você acha que tem que ser. Você não sabe nada, absolutamente nada sobre Deus - nada, zero, menos oitenta e cinco... Mas sabe uma coisa: pôr-me sob seu controle. E, seu problema, meu caro, é que eu digo não.

OSVALDO LUIZ RIBEIRO