"Como a coisa funciona" é uma questão científica.
"Como a coisa deve funcionar" é uma questão política.
É comum - 99% das vezes - alunos desejarem fazer TCC ou Monografia "política" - eles querem dizer, no trabalho, como as coisas deve(ria)m acontecer...
Esqueçam isso.
Concentrem-se em adquirir a capacidade de dizer como realmente funcionam: capacidade descritiva, analítica, crítica.
E, por favor, não confundam, nunca, ciência com política, ainda que as duas estejam sempre de mãos muito dadas...
II.
"Provocado" pelo Luciano Malheiros, lembrei-me de um episódio.
Era um encontro de jovens na PIB (1º Batista) do Rio, estávamos lá uma fila de pastores/missionários e eu.
No final, uma das jovens presentes perguntou por que ele tinha que ir à igreja.
Um a um, os pastores e missionários presentes, entre eles o Pr. Fausto, foram respondendo.
Chegou minha vez.
Perguntei a ela se ela algum dia se perguntou por que tinha que ir à praia?, por que tinha que ir ao cinema?, por que tinha que namorar?
Por que, então, ela fazia essa pergunta?
Já se tornara algo tão enfadonho, tão ruim, tão desagradável, tão sem-sentido, ir à igreja que, agora, para ela ir, só com uma explicação, porque, de vontade própria, não valia mais a pena?
O problema, eu disse, está em você ou na igreja?
A essa altura, o Pr. Fausto pediu a palavra, elegantemente, como sempre, e brincou, pedindo para refazer seu "voto" e explicando à desorientada menina que ela devia ir à igreja para, pelo menos, entregar os dízimos...
Riu-se, como pedia o protocolo, e deu-se por encerrada a questão.
Mas, para mim, ela permaneceu viva até hoje.
Aprofundando a questão: é preciso explicar a uma criança por que ela precisa ir para a escola e até ao dentista: mas espera-se que, com o tempo, ela saiba a razão e queira, por si mesma ir. Quando a criança não sente mais vontade de ir à escola, cá entre nós, o problema está com a criança?
III.
Já foi tempo, uns 30 anos, 40, talvez, em que "ser crente" significava alguma coisa.
Hoje, não significa mais nada.
O pessoal das conservas, aí, vai pular - que pule! Cuidado pra não bater a cabeça no teto!
Acabou - não tem mais diferença: estamos "in"...
("in"diferentes) (in-des-iguais)
Tá tudo igual.
É triste.
O máximo que se consegue é dizer assim: "eu, não, eu continuo 'diferente' - eu continuo fazendo a diferença": mas o sujeito não se dá conta de que caiu na retórica vazia e de que, além disso, só se salva distanciando-se de sua gente, dessemelhando-se do "Evangelho", da massa, fazendo-se "igreja por si mesmo".
A massa concreta, todavia, dos crentes, o "povo de Deus" todavia, não tem mais diferença.
E o povo fica fazendo futrica teológica com cultura...
Tem conserto isso?
Enquanto isso, o sujeito fazendo palestra sobre "inerrância bíblica"...
IV.
Sou careta.
Sou quadrado.
Sou bem brega, às vezes.
Sou meio que das antigas.
Mas sou crítico, não sou "conservador" e muito menos fundamentalista em relação à Bíblia e à Teologia.
É bom que os conservadores e fundamentalistas reformulem sua tese de que a crítica bíblica está ligada à imoralidade.
Devem fazer isso assim que reformulem a tese de que crente é santo e ateu é canalha - porque, muitas vezes, é o inverso mesmo...
;o)
III.
Já foi tempo, uns 30 anos, 40, talvez, em que "ser crente" significava alguma coisa.
Hoje, não significa mais nada.
O pessoal das conservas, aí, vai pular - que pule! Cuidado pra não bater a cabeça no teto!
Acabou - não tem mais diferença: estamos "in"...
("in"diferentes) (in-des-iguais)
Tá tudo igual.
É triste.
O máximo que se consegue é dizer assim: "eu, não, eu continuo 'diferente' - eu continuo fazendo a diferença": mas o sujeito não se dá conta de que caiu na retórica vazia e de que, além disso, só se salva distanciando-se de sua gente, dessemelhando-se do "Evangelho", da massa, fazendo-se "igreja por si mesmo".
A massa concreta, todavia, dos crentes, o "povo de Deus" todavia, não tem mais diferença.
E o povo fica fazendo futrica teológica com cultura...
Tem conserto isso?
Enquanto isso, o sujeito fazendo palestra sobre "inerrância bíblica"...
IV.
Sou careta.
Sou quadrado.
Sou bem brega, às vezes.
Sou meio que das antigas.
Mas sou crítico, não sou "conservador" e muito menos fundamentalista em relação à Bíblia e à Teologia.
É bom que os conservadores e fundamentalistas reformulem sua tese de que a crítica bíblica está ligada à imoralidade.
Devem fazer isso assim que reformulem a tese de que crente é santo e ateu é canalha - porque, muitas vezes, é o inverso mesmo...
;o)
V.
Hein, na boa...
Se há eleitos, e sou um, tô di boa...
Se há eleitos, e não sou - que se dane.
Se não há eleitos, e tudo depende da graça, tô di boa...
Se não é nada disso, é outra coisa, tô di boa...
Então, deixa eu qu(i)eto no meu canto que, quando eu estiver interessado na sua doutrina, eu pergunto, tá?
Joinha procê?
Você pode viver com isso?
Legal...
Pode não?
Toma banho frio...
VI.
Halloween, não! Morte às bruxas! Morte às bruxas!
Thanksgiving Day, sim! Aleluia! Aleluia!
Estou confuso...
Quem foi mesmo que assassinou a população praticamente inteira de "índios" das planícies e das montanhas do norte americano?
"_ As bruxas! As bruxas!"
Não, sua besta: os crentes! Os que, com a boca, louvavam Jesus, e com a mão, matavam Jerônimo...
"_ Ah, é?"...
Querem me fazer crer que, se Jesus estivesse aqui, participaria de uma "Ação de Graças"...
Mas acho que ele ia preferir um sabá...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Um comentário:
Para não confundir ciência e política, uma bela indicação é "Ciência e Política: duas vocações", de Max Weber.
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