sábado, 17 de março de 2012

(2012/298) Sangrar as pernas, mas saltar a cerca


1. As cercas estão aí, em todos os lugares. Algumas vezes, colocadas por nós mesmos, para evitar que outros entrem, para impedir que nós mesmos saiamos. Cercas mortas.

2. Outras vezes são cercas postas por outros, para evitar que entremos, para impedir que nós saiamos. Cercas mortas.

3. Mas elas estão aí - são inexoráveis.

4. Há que saltar sobre elas.

5. Há que lanhar as pernas, sangrar o ventre. Há que deformar-se.

6. E saltar.

7. Ou encercar-se, acocorado à grama, onde ralo é o pasto, mas está à mão...





OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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