(2012/272) Não é que "inventam" mais um Faraó - "descobriram" um Faraó que não sabíamos ter vivido - a diferença entre História e Narrativa

1. Em Luxor, arqueólogos encontraram uma inscrição, traduziram-na e descobriram o nome de um Faraó desconhecido, da XVII dinastia, que viveu entre 1680 e 1580 (a.C.), no período de libertação do Egito do domínio dos icsos. Seu nome, lido no selo real, era, Sen Negt N Ra, e foi fervoroso adorador de Amon-Ra.

2. Há 3.600 anos, mais ou menos, trabalhadores reais incrustaram o selo real no Templo de Karnak. Os séculos passam e, hoje, arqueólogos encontram a inscrição, decifram-na e revelam ao mundo um Faraó, hoje defunto e memória.

3. Na epopeia de Gilgamesh, depois de inutilmente dedicar-se à busca da imortalidade, Gilgamesh constrói as muralhas de Eridu, e declara que a única forma de os homens tornarem-se imortais é preservar a memória em grandes feitos, que o tempo não apaga.

4. Estava certo.

OSVALDO LUIZ RIBEIRO