segunda-feira, 25 de julho de 2011

(2011/444) Porque vira-latas há, mas há também os de pedigree


1. Desde o segundo mandato de Lula, voltou à tona o tema da síndrome brasileira de vira-latas - mas, dessa vez, ao contrário: denunciando-a. Não sei até quando dura a onda - oxalá, para sempre! -, mas o fato é que nós brasileiros, ao menos aquela seção da pirâmide que colocou Lula nos seus incríveis percentuais de aprovação, passamos a nos olhar com outros olhos. Começamos a nos enxergar com olhos mais amáveis, a nos dar mais valor...


2. Aí, explode o "caso Murdoch" na Inglaterra. Grampos telefônicos é coisa pouca. O que mais me chama atenção é o fato da prestigiadíssima Scotland Yard estar enfiada até o pescoço nessa lama. Os ternos são de primeira, os carros, pretinhos básicos, um luxo!, a assepsia, invejável, mas, ao que tudo indica, não se trata de alguma coisa muito diferente do que conhecemos do lado de cá. Parece que no redil dos cães de pedigree os latidos são do mesmo tipo dos que se ouvem no redil dos vira-latas. Não - minto! - o sotaque é londrino...

3. Ah, a fina flor da Inglaterra, a tapar os narizes do fedor da sua política e polícia! Um cheiro assim, tão ruim assim, não se sentia desde a época do surto de cólera, há mais de cem anos...

4. Todavia, não nos enganemos: ter a mostra o traseiro de cães de raça não esconde o traseiro vira-lata... É bom olhar bem ao redor, porque o cheiro que exala de lá também exala de cá. Ao menos é o que diz o PHA:




OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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