quarta-feira, 15 de junho de 2011

(2011/356) "Bom dia!, senhora GFAJ-1" - ou "da vida aprontando das suas no Lago Mono"


1. GFAJ-1 é uma proteobactéria da família Holomonadaceae. Vive nas águas salgadas do Lago Mono, na Califórnia. Mereceu as atenções da bela pesquisadora, Felisa Wolfe-Simon, e, em dezembro passado, a NASA divulgou a descoberta: a se confirmarem as pesquisas, seria o caso de ter-se encontrado uma forma de vida diferente das formas de vida até então consideradas "normais" - mais do que normais: possíveis. E não foi lá fora. Foi em nossa própria casa...

2. Nossa nova amiga usa arsênio e fósforo indistintamente. Os seres vivos "normais" usam apenas o fósforo - além dos demais elementos químicos fundamentais. Mas não podem lidar com o arsênio, tóxico, muito menos incorporá-lo em seu metabolismo e organismo. A ilustre moradora californiana pode.

3. Se isso se confirmar, a vida terá - mais uma vez - se libertado de nossos conceitos. As condições para que haja vida em qualquer outro mundo mudam drasticamente - pluraliza-se a possibilidade de não sermos os únicos seres vivos do Universo, nós, habitantes dessa bola de gude planetária...

Aqui, uma imagem de nossa nova amiga


4. Por que GFAJ 1? Talvez Paul Davies possa explicar...Vamos aguardar o fim dessa pesquisa, e decidir, então, se Felisa "merece" - mesmo - um emprego...

5. Abaixo, um modelo de imagem de como a GFAJ 1 emprega arsênio em lugar de fósforo para montar as cadeias fundamentais da "vida".








OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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